Como é estranho quando a gente corta o cabelo, né?! Parece que uma parte de nós vai embora.
É algo que vivenciou experiências com você por alguns meses, e de repente, uma tesoura tira de você um pedaço do que faz parte do seu ser. Imagino dessa maneira, como se algum assassino viesse com uma tesoura e arrancasse alguns pedacinhos da sua vida. A cada corte sinto que parte de mim foi morta, parte de minha história foi deixada pra trás.
Mas, no mundo de hoje a estética é que manda então somos obrigados a nos entregar a esse assassinato em série. Milhões ou milhares (pros carecas desprovidos de muita saude capilar) são levados à guilhotina e *ZAP*, cortados sem dó.
Quando termina, o assassino exibe um espelho por trás com orgulho e pergunta:
- Ficou bom?
E a vítima diz:
- Não dá pra cortar um pouquinho mais na franja?
E lá vem ele novamente, sorridente e feliz em acabar com mais alguns fios. *ZAP*
Não obstante, ao sair do salão, alguns fios em seu leito de morte por terem sido cortados ficam pinicando seu pescoço, de propósito, para que você lembre por um breve momento o que foi capaz de fazer com esses indefesos pedaços de vida.
Essa é uma aventura que poucas pessoas percebem, e digo que poucas irão gostar desse relato. Mas uma coisa eu garanto, a próxima vez que você for cortar o cabelo, vai lembrar do que eu disse!
O Cabelo
Postado por
André Carlucci
| quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 |
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O Cabelo André Carlucci
1 comentários:
18 de janeiro de 2010 às 16:08
Oi, Deco
Só passei aqui pra falar oi.
Um abraço.
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