Penso que a vida prega peças em nós a cada dia. Segue mudando de rumo, oferecendo novos caminhos, fazendo-nos obrigados a tomar decisões. É importante isso, porque faz com que cresçamos. E o crescimento é uma forma de calejar nossas atitudes futuras.
Quantas vezes não nos perguntamos: "Será que se eu tivesse agido de outra forma, as coisas ainda seriam como são?"
Na maioria das vezes, a resposta é não. E minha tese é justificada pelos nossos momentos de infelicidade.
Veja bem, é fulcral que as pessoas passem por dificuldades, momentos delicados. Mas se tudo fosse questão de destino, Deus não teria porque fazer com que sofressemos tanto de maneira pré-determinada.
Isso faz de nós - os errantes - pessoas mais vividas, cometidas com experiências que aos poucos vão preenchendo nossas decepções para aprender a tomar decisões.
Mas este aprendizado nem sempre é absorvido.
Falo isso pelo simples fato de vermos errantes de todas as idades, em todos os meios. Velhos que pagam por prostituição infantil, psicólogos que traem seus parceiros mesmo alegando dominar a mente humana.
O ser humano é muito falho, e através destas falhas somos o que somos.
O mais difícil talvez é, com todas as experiências que vemos e vivemos, acreditar em pessoas melhores no mundo.
São vidas que por mais que aleguem a honestidade e justiça, também pecam.
Como dica, fica o livro "O Efeito Sombra", que se trata do quão complexo é assumir nossos erros e aceitá-los, a ponto de ter consciência de que podemos sim enfrentá-los, mas nunca dribá-los.
As experiências aparecem em nossas vidas e ficam retidas em nossa memória. E esta, meus caros, talvez seja a grande vilã de nossas vidas. Pois só ela faz com que não se confie em mais ninguém, ou que se aprenda valores errados (claro que se aprende os certos também, mas, já viu aquela expressão "O que é errado pra uns, é certo pra outros"). É tudo uma questão de absorção das ideias.
Por isso digo e repito, nosso grande vilão é a memória.
Talvez fosse melhor ser um esquecidinho.
2 comentários:
15 de setembro de 2010 às 16:25
Eu também acho que talvez seja melhor esquecer.
Mas também pondero:
Será que isto não significa ser omisso?
Escolhas diárias. A todo instante.
Isto é viver.
As escolhas fazem toda a diferença.
Beijo, querido
16 de setembro de 2010 às 14:31
Me lembrei de uma frase minha lendo seu texto: O maior inimigo do amor nao é a traição confessada nem a indiferença; é a nossa boa memória".
Seu blog ta show.
Bjs da mamae
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